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terça-feira, 1 de novembro de 2011

FRATURA DE COLLES


Etiologia:

A fratura de Colles é uma lesão comum que é mais freqüente em crianças entre 6 e 10 anos e pessoas idosas, especialmente mulheres acima de 50 anos. É a fratura da extremidade distal do rádio com deslocamento do fragmento fazendo-se para trás e para o exterior, realizando um aspecto típico da mão como um dorso de um garfo, e tendo como causa mais freqüente uma queda sobre a mão aberta.

 


Fisiopatologia:

O indivíduo apresenta limitação dos movimentos do punho, falanges, dificuldades em realizar prono-supinação do antebraço devido ao edema e o quadro álgico muito intenso.


Tipos:

As Fraturas de Colles podem ser:

1– Oblíqua: a fratura ocorre de tal maneira, que resulta de duas partes cortantes de osso, que podem romper os tecidos e os vasos.
 



2– Transversal: A fratura ocorre de tal maneira perpendicular ao segmento ósseo.





Conseqüências:

Embora a maior parte das pessoas que sofrem uma fratura de colles volte às suas atividades normais, alguns problemas podem ocorrer durante o processo de reabilitação. Muitas vezes, a junção das duas extremidades do osso fraturado não fica perfeita, resultando em uma deformação visível do pulso. Após a fratura, cerca de 1 terço das mulheres acometidas têm uma condição chamada algodistrofia que causa dor e sensibilidade, edema e rigidez da mão podendo ainda afetar a circulação local. Neste caso, os pacientes apresentam um quadro álgico persistente e rigidez articular que podem durar por muitos anos.

Alguns autores afirmam que esta fratura cria deformidade, impotência e limitação e, por outro lado, outros autores discordam desta afirmativa. É importante ressaltar que a fratura vai além de um antebraço e uma mão impotente funcionalmente. A vida profissional do indivíduo é afetada em conjunto às suas atividades de vida diária, como nutrição, higiene pessoal e vestuário.


Complicações:

=> Síndrome do túnel do carpo: Pode ocorrer pela compressão de alguma estrutura componente do túnel, por um fragmento ósseo, pelo edema ou até mesmo por uma formação de calo ósseo incorreto.

=> Artrite pós traumática

=> Síndrome de Volkmann

=> Calo vicioso: Devido a uma má redução ou um deslocamento secundário.

=> Distrofia Simpático Reflexa



Diagnóstico por imagem
Fratura de Colles



 




Tratamento Fisioterapêutico:

Inicialmente, o tratamento mais indicado é o conservador ortopédico por redução sob anestesia e gesso mantido em um período de 4 a 5 semanas.

Nas primeiras semanas (com o paciente ainda gessado), é pertinente que o fisioterapeuta observe se as falanges do paciente permanecem muito edemaciadas. Neste caso, é indicado que o paciente permaneça algum tempo com o braço em posição de drenagem para que o líquido intersticial seja melhor drenado pelos vasos linfáticos.

A mobilização ativa das falanges e a contração isométrica intermitente podem ser utilizadas o mais precoce possível a fim de promover recrutamento das fibras musculares responsáveis.


Após a retirada do gesso:

=> Mobilização de carpos, metacarpos, falanges;

=> Alongamento passivo de flexão e extensão, desvios radial e ulnar, pronação, supinação (respeitando o limiar álgico do paciente);

=> Contrações isométricas em múltiplos ângulos para conseguir um maior recrutamento do complexo musculo-tendíneo.

=> Laser

=> Eletroterapia

=> Hidroterapia

=> Crioterapia



Bibliografia:

1. APLEY, ª Graham; SALOMON, Louis. Ortopedia e Fraturas em Medicina e Reabilitação. 6.ed. São Paulo: Atheneu.
2. KOTTE, Frederic. Tratado de Medicina Física e Reabilitação de Krusen. 2v. São Paulo: Manole, 1994.
3. LIPPERT, Lynn. Cinesiologia Clínica para Fisioterapeuta. 2ed. Rio de Janeiro: Revinter, 1996. 




Fonte: http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/traumato/colles/colles.htm

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